Já a irregularidade e escassez de precipitações em partes das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul têm restringido o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. A umidade do solo se manteve estável em Mato Grosso, Goiás, Matopiba e em partes dos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Isso favoreceu as fases finais e as operações de colheita dos cultivos de primeira safra, bem como a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra.
A análise está no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado nesta quinta-feira (28) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo apresenta a análise das condições agroclimáticas e de imagens de satélite dos cultivos de verão da safra 2023/2024.
Volumes de chuva reduzidos, associados às altas temperaturas, têm provocado restrição hídrica em cultivos de segunda safra em algumas áreas de Mato Grosso do Sul, do Oeste e Norte do Paraná, em partes de São Paulo, Norte de Minas Gerais, Centro-Sul e Centro-Norte da Bahia. Por outro lado, no Rio Grande do Sul, tempestades com ventos fortes e granizos causaram danos pontuais às lavouras.
O comportamento do Índice de Vegetação (IV) expressa o bom desempenho da primeira safra nas regiões Sul e do Matopiba. Nas demais regiões, o índice próximo e abaixo das safras anteriores reflete o desempenho inferior, causado principalmente pela restrição hídrica ou excesso de chuvas no início da safra. Destaca-se a ascensão do Índice dos cultivos de segunda safra, adiantado em comparação às safras anteriores na maioria das regiões.
Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O Boletim está disponível na íntegra no site da Conab.