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Dia Internacional da Mulher Rural
Três gerações e um amor pela terra
Publicado em 15/10/2024 às 15:15
Capa Dia Internacional da Mulher Rural

Dona Maria Lourdes Fink, de 70 anos , Dona Loiri Cristiane Fink, de 45, e Franciele Fink, com 24 anos, representam três gerações de mulheres que nutrem amor e orgulho pelo trabalho no campo. Elas vivem em Sarandi, no Norte do Estado do Rio Grande do Sul. Dona Maria conta os desafios de sua época, em que todo o trabalho no campo era braçal e a família numerosa. “Os homens iam a campo para a lida, nossas famílias eram grandes, tinham os filhos pequenos que precisavam nos acompanhar algumas vezes indo para as lavouras; vacas de leite que era tudo manual”, lembrando ainda das tarefas domésticas.  “Os homens iam a campo para a lida, nossas famílias eram grandes, tinha os filhos pequenos que precisavam nos acompanhar em algumas vezes indo para as lavouras; vacas de leite que era tudo manual”, lembrando ainda das tarefas domésticas.

Loiri sempre gostou de morar no interior e não se vê trabalhando na cidade. “Aqui a gente produz nosso alimento, temos a nossa rotina e é algo que vem passando de família para família”, destacou.

Fanciele Fink, filha de Dona, Loiri, destaca o orgulho em fazer parte do processo de sucessão familiar. “Eu carrego com orgulho em participar desse processo de continuar na propriedade junto com o vô e a vó, com a mãe e o pai, minha irmã, porque a gente sabe o quanto eles sofreram para conquistar tudo o que se tem hoje. Eu já trabalhei fora da propriedade, já tive essa experiência, e não se compara a estar em casa, com a sua família e trabalhando no seu negócio, fazendo ele crescer junto com toda família. Isso é o mais importante e o que me fez ficar, porque aqui me sinto dona, assim como o restante da família. É um trabalho para sustentar nossa família mas também para contribuir com a produção de alimentos para o mundo”, enfatizou, lembrando que todas as vitórias, as conquistas, são compartilhadas com todos.

A família Fink sempre é lembrada quando se fala em sucessão familiar e diversificação na propriedade. Hoje a principal atividade é a produção de grãos, mas também há a piscicultura, pecuária de leite e uma pequena estufa de morangos. “Algo que também nos motiva é que somos reconhecidos pelo nosso trabalho na agricultura, até como inspiração para mostrar que, mesmo com todos os desafios que enfrentamos, com união podemos superar e prosperar. Também temos nossas discordâncias, nem tudo é um mar de rosas, mas essas situações nos fazem crescer, evoluir, aprender a opinar e também a ouvir, para aí sim, entramos em um acordo que seja o melhor para todos”, disse Franciele.

A constante atualização também faz parte da rotina familiar. Franciele destaca que é preciso acompanhar o cenário em que estão inseridos na busca de novidades que possam gerar melhores resultados na propriedade. Entidades são parceiras oferecendo cursos e levando informações à família. “São maquinários novos, tecnologias, e precisamos estar habituados a isso. Entidades parceiras sempre estão nos trazendo informações, possibilidade de cursos, para abrirmos mais o nosso campo de entendimento”, disse.

Quando se olha de fora, muitos têm a visão de que o trabalho na agricultura é tranquilo, mas no dia a dia é bem diferente, como conta Dona Loiri. “Aqui, com chuva ou sol, frio, ou calor, temos que acordar cedo e iniciar nossa lida. Temos as vacas para ordenhar e esse é um serviço diário, além de outras atividades que requerem uma atenção rotineira, não importando se é sábado, domingo ou feriado”, lembrou ela, sorrindo.

“Outro pensamento que perdura é que a mulher, na agricultura, tem que ficar só dentro de casa, nos afazeres domésticos. Mas aqui, não ficamos somente ‘dentro de casa’. A ordenha é toda feita por mim, minha irmã e minha mãe, assim como outras atividades. O plantio, tratamento das lavouras, fica mais a cargo dos homens, mas estamos sempre juntas para auxiliar”, completou Franci.

Questionadas sobre um legado que gostariam de deixar ou uma mensagem que possa inspirar outras mulheres, Franciele foi a escolhida para falar, e foi enfática: “A primeira coisa e mais importante é que a desistência não pode ser o primeiro ato. É preciso insistir em algo que você tem amor, que tenha dedicação, tenha a família junto, comprometida. Aqui dá certo porque temos dedicação, amor pelo que fizemos e, principalmente, demonstramos o que somos. O que temos hoje é fruto de muito trabalho, superação, de não desistirmos”, pontuou.

E nesse contexto tem a Cresol Origens, que compartilha da evolução e crescimento da propriedade. “A Cresol se encaixa em nossa vida muito além do suporte financeiro, financiamentos, dos custeios. A Cresol é um ombro amigo. A gente chega na agência e tem amigos, alguém para conversar, ou quando eles vêm até nossa casa, nos auxiliando com opiniões, sugestões. Porque não adianta precisarmos da Cresol só quando precisamos de dinheiro… a Cresol é praticamente da nossa família”, finalizou.


Neste 15 de outubro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres Rurais. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1995, com a proposta de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher no campo.

 

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