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Café: Preços Sobem com Recuperação Técnica e Início de Negociações Futuros do Conilon na B3
Mercado cafeeiro inicia a semana com alta de mais de 3%, enquanto robusta ganha protagonismo com novo modelo de negociação
Publicado em 02/10/2024 às 16:03
Capa Café: Preços Sobem com Recuperação Técnica e Início de Negociações Futuros do Conilon na B3

O mercado de café começou a semana com forte valorização após registrar quedas expressivas na última sexta-feira (20), devido à previsão de chuvas no Brasil. Essa queda havia comprometido parte dos ganhos acumulados ao longo da semana anterior. Entretanto, nesta segunda-feira (23), as bolsas de Nova York e Londres reverteram esse movimento, e os contratos futuros do café retomaram o fôlego, impulsionados por uma recuperação técnica.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o café arábica apresentava alta significativa: o contrato de dezembro/24 subia 875 pontos, cotado a 259,50 cents/lbp; o contrato de março/25 registrava alta de 885 pontos, atingindo 257,50 cents/lbp; e o contrato de maio/25 avançava 875 pontos, sendo negociado a 255,20 cents/lbp.

No caso do robusta, os ganhos também foram expressivos. O contrato de novembro/25 registrava aumento de US$ 158, com o valor da tonelada atingindo US$ 5.217. Para janeiro/25, a alta foi de US$ 151, levando o preço da tonelada a US$ 4.954, enquanto o contrato de março/25 também subiu US$ 151, cotado a US$ 4.765/tonelada.

Segundo o Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado de café permanecem inalterados. As chuvas que caíram sobre os cafezais brasileiros até agora foram pontuais e com volumes insuficientes para reverter os danos à formação da safra de 2025, que já são consideráveis. “Quando as chuvas se tornarem regulares, poderão desacelerar os prejuízos, mas não recuperarão o que já foi perdido”, informou a consultoria.

Nesta segunda-feira (23), o mercado brasileiro de café robusta celebrou um novo marco com o início das negociações dos contratos futuros na Bolsa de Valores do Brasil (B3). O conilon, que vem conquistando espaço na indústria do café e registrando recordes de preços, agora conta com uma ferramenta de hedge e maior transparência para o produtor e o mercado.

Marcus Magalhães, diretor da MM Cafés, destacou a importância dessa novidade. "Há muito tempo o Brasil vem ganhando protagonismo no cultivo do conilon, tanto em produtividade quanto em qualidade. Esse novo contrato oferece aos operadores a oportunidade de atuar no mercado futuro e permite que o produtor venda suas safras de maneira antecipada, como já acontece com o arábica", afirmou o especialista.

De acordo com informações da B3, o contrato foi desenhado para auxiliar na gestão do risco de oscilação de preços, podendo ser utilizado por produtores, indústrias e tradings. As cotações serão feitas em reais por saca, com vencimentos em janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro. A liquidação poderá ser realizada financeiramente ou fisicamente, por meio da entrega do produto em armazéns credenciados.

Para Marcus, essa nova modalidade de negociação reforça ainda mais o destaque do conilon, especialmente para os estados do Espírito Santo e Rondônia. “Estamos abrindo um leque de possibilidades para o produtor de conilon e ampliando as fronteiras do mercado cafeeiro no Brasil", concluiu.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio (www.portaldoagronegocio.com.br)
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