Na última sexta-feira, o dólar avançou 1,78%, fechando a R$ 5,5208, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou queda de 1,55%, encerrando o dia aos 131.065 pontos.

Nesta segunda-feira (23), o dólar abriu em alta, refletindo o início de uma semana marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos no Brasil e no exterior. Por aqui, os olhares estão voltados para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que recentemente elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano.

Além da ata do Copom, que será publicada na terça-feira, os investidores acompanham dados sobre inflação, mercado de trabalho e contas públicas. As incertezas quanto à capacidade do governo de honrar seus compromissos fiscais também preocupam o mercado.

Na manhã desta segunda, o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que reúne projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. As expectativas para a inflação em 2024 subiram pela décima semana consecutiva, enquanto as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também apresentaram alta.

Às 09h15, o dólar registrava alta de 0,94%, cotado a R$ 5,5729. Na última sexta-feira, a moeda americana caiu 1,78%, fechando a R$ 5,5208. Com o resultado, o dólar acumulou queda de 0,83% na semana, recuo de 1,98% no mês, mas ainda apresenta uma valorização de 13,77% no ano.

O Ibovespa iniciou suas operações às 10h. Na última sexta-feira, o índice recuou 1,55%, encerrando o pregão aos 131.065 pontos. Com esse desempenho, o principal indicador da bolsa acumulou queda de 1,30% na semana, recuo de 2,12% no mês e desvalorização de 0,79% no ano.

A semana começou com grandes expectativas em relação à divulgação de dados econômicos no Brasil e no mundo. No cenário nacional, além da aguardada ata do Copom, que fornecerá detalhes sobre a decisão de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual na primeira alta sob o governo Lula, o Banco Central também publicará na quinta-feira o Relatório Trimestral de Inflação.

Adicionalmente, o mercado está atento a novos dados sobre inflação, mercado de trabalho e contas públicas. Nesta segunda-feira, o Boletim Focus indicou um aumento nas previsões de inflação para 2024, de 4,35% para 4,37%. As estimativas continuam a se distanciar da meta central, que é de 3%, com o limite superior de 4,5%.

Para os anos seguintes, a projeção de inflação para 2025 subiu de 3,95% para 3,97%, enquanto para 2026 o avanço foi de 3,61% para 3,62%. A meta de inflação para esses períodos permanece a mesma de 2024.

Em relação ao PIB de 2024, a expectativa do mercado subiu de 2,96% para 3%, após o resultado do segundo trimestre, que registrou crescimento de 1,4% em comparação ao trimestre anterior, superando as expectativas.

No exterior, o foco está nos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, após a decisão de cortar sua taxa de juros em 0,5 ponto percentual na última semana, situando-a entre 4,75% e 5% ao ano. Esse foi o primeiro corte de juros em quatro anos, e o mercado aguarda novas sinalizações sobre as próximas movimentações do Fed.

Além disso, novos dados sobre inflação nos Estados Unidos são aguardados, com potencial para impactar os mercados globais nos próximos dias.

Fonte: Portal do Agronegócio